sábado, 18 de abril de 2009

Are we just riding for a fall?

Esqueça todas minhas frustradas tentativas de lutar,
eu sou sua e nada muda isso.
Mas estamos indo cautelosamente, passo por passo,
nessa corda bamba, somos a principal atração da noite.
E eles riem, gargalhadas desbotadas e agudas, que nos atingem.
Fazemos a felicidade dos infelizes, mas o que somos se não isso?
Em todas as suas tentativas de ir embora, eu te jogava na cama
e te fazia ficar...por mais alguns dias.
Horas bonus em uma bagagem, de lábios, desejos e brigas,
sufocando-nos, como a mais pura droga injetada na veia.
Mas que droga magnifica é você?
Que me faz sua, mas não te faz meu.
Estamos caindo cautelosamente, passo por passo,
dessa corda bamba, somos a principal atração da noite.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

when you love me, you kill me.

Eu sinto, como notas que se desfazem, meu sangue fluindo.
Ele cai por minha boca, enquanto afogo-me no ar,
que tento preservar dentro de mim,
para prender o resto de alma que insiste em deixar-me.
Sufocada na podridão de seus beijos, embriagada do vinho mais barato,
jogada ao chão, como quem se põe na cama coberta da mais pura ceda.
Frio e incomodo, tão quanto seus braços, porém, menos atraentes.
Palpitante, a música de seus berros invade meu ouvido, enlouquecendo-me,
ao mesmo tempo que me faz desejar-te, pondo-se, com seus longos cabelos, sobre mim.
O sangue ainda flui, deixando-me mais branca e vazia.
O ar se torna pouco, mas ainda sinto o frio de sua adaga em minha cabeça.
A alma se desprende cada vez mais, levando de mim nossas tristes lembranças.
Levando você de mim.
O coração parou com uma ultima tentativa de respirar.
O chão, antes branco, se mostra vermelho, do mais intenso e puro.
Você ri, com lágrimas que não escorrem, transbordam.

***

Vamos brincar de dizer a verdade?

Passou-se tanto tempo, que a noção não tenho mais,
talvez tenha perdido-a, quando, na minha lista de prioridade,você foi o primeiro.
Mas, voltando ao tempo, pensei que, como dizem, ele viria junto com vento e varreria
as lembranças, as magoas, os sentimentos guardados, o amor.
Ele veio, mas tudo ficou, você ficou, ficou na minha mente porque da minha vida,
como no climax de uma ópera, com a morte escorrendo e o pesado som dos instrumentos,
que se fazem um só, você se foi. Uma tragédia!
Quase cômica, mas uma tragédia. Cômica pelo estado que fiquei, trágica pelo mesmo motivo.
Deixei-me tão sua, que esqueci de ser minha, esqueci como era se amar, se por em primeiro lugar.
Neguei até o fim, no fundo, querendo que percebessem que aquilo era um grito abafado tentando dizer o quanto ainda te amava. Mas você se mostra sempre irredutível e eu tão patética.
Tantas palavras foram ditas, tantas lágrimas escorridas, e o que eu lembro com dor e certa ternura, é uma vergonha pra ti. É algo sem importância, de alguem que te traz nojo.
Não me dirige a palavra nem olha nos meus olhos, por quê? Medo?
Quero, as vezes, acreditar que é por você sentir algo por mim, tolice, eu sei.
Mas ficarei aqui, com meus aleatórios pensamentos, enquanto segues sua vida.
E se um dia resolvermos falar verdades um para o outro, enquanto você dirá o quão
insignificante sou pra ti, direi com todo amor e carinho, que foste meu primeiro amor e o mais verdadeiro que já senti.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

can you see my way?

essa é minha escuridão
e eu estou te dando espaço para invadi-la
perdoe-me se tudo for confuso ou difícil
mas estou acostumada a fechar meus olhos para o amor
eu apenas falo sobre paixão quando digo adeus
mas você me deixa quente e estou gostando disso
essa é minha escuridão
e eu estou te dando pistas de como clarea-la
as vezes penso que estou aqui para fugir
de pessoas como você, o medo se torna um bom abrigo.
quando fechei as janelas e aceitei que a luz me faria ver
coisas que supostamente não quero
eu esqueci como era voltar a sanidade
pois eu só falo sobre paixão quando digo adeus
mas você me faz perder o sentido e estou gostando disso
eu só falo sobre você quando digo adeus
mas você me toma em seus braços e eu estou gostando disso.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Goodbye, Dear Juliet. ~

Cegue-me com suas sujas promessas
Uma justiça sangrenta e escura como nossa decadência
O céu está caindo e nós estamos esperando isso de braços abertos
Podemos aguardar a verdade de olhos corrompidos?
Ó minha cara, isso está tão errado e não conseguimos nos libertar
Anjos de asas quebradas vem em nossa direção
Para podermos ver a luz entre a camada cinzenta
Que não nos deixa ver o sol.

“Ela levantou-se devagar e fixou seus olhos naquela ultima pétala. Abaixou-se e pegou-a com delicadeza, guardando no meio de seu livro. Seus cabelos sentiam a brisa envenenada que entrava pela janela e balançavam no compasso daquela mortificante canção. Ela ergueu seu olhar até a lua e pediu, exaustamente, a sua partida. Não aguentava a pressão de uma vida suja. Caminhou até a janela, abrindo seus braços, respirou fundo até seus pulmões doerem. Só avistava pobres almas caminhando como ratos a procura de migalhas. Olhou para baixo e, como se criasse asas, jogou-se”