sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

walk

eu sinto tanta vontade de me perder por estradas desbotadas
aquelas que o vento não passa de uma brisa quente e materna
o sol brilha, mas apenas aquece, não incomoda.
aquela estrada que é rodiada pelas mais belas paisagens
e mesmo não tendo um fim, sempre te leva pro lugar que você deseja.
eu sinto vontade de me perder por estradas intermináveis
em que eu aprenda tudo que preciso
com quedas em asfaltos que não magoam
e eu possa encontrar o amor quando sentir falta dele.
eu sinto uma imensa vontade de me perder por estradas...
quilometros e mais quilometros de desejos e realizações
estradas que saem do 'nada' e terminam no 'tudo'
estradas em que a alegria esteja refletida em casa passo
estradas que me surpreendam
estradas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Julian-Jack-Alex

eu tenho herois
mas eles não voam,
não alem de sua imaginação.
os meus herois não têm super-força,
mas te quebrariam ao meio com suas palavras.
esses meus herois
não têm poderes especiais
mas quando cantam fazem tudo parar.
ah, esses meus herois!
eles não sabem onde estou
mas sempre entram no meu quarto,
inundam ele com suas notas
e me salvam.
os meus herois não têm identidades secretas,
mas o que eu sei sobre eles, é um pouco mais que você sabe
e mesmo assim eles se fazem tão familiares.
meus herois são de carne e osso
mas tambem estão impressos em revistas.
meus herois se corrompem a vicios
não, eles não são perfeitos...
mesmo assim, são meus herois.

domingo, 25 de outubro de 2009

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como você pode dizer todas essas coisas?
enquanto estavamos lado a lado conheciamos tanto um do outro
você saberia dizer 'me desculpe' outra vez,
se tivesse visto todas as vezes que quis gritar
por não te ter aqui, agora
o tempo se esconde entre as sombras
das árvores que serviam de descanço
para nossas brigas entre quatro paredes
como você pode dizer todas essas coisas?
o relógio está errado
ainda é ontem e você está no seu lugar
aqui
você deveria dizer 'me desculpe',
se a chuva não tivesse lavado
coisas que seu coração expos
enquanto caminhava pela calçada
você deveria saber como pode
não me perdoar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Good Morning.

Eu quero te matar de todas as maneiras possíveis,
quero arrancar todo seu sangue,
sugar sua alma,
estraçalhar seu corpo,
quero te fazer sofrer.
Eu quero te matar todos os dias,
quero ver sua agonia,
quero fincar minha unha em sua pele
e arranca-la, enquanto ainda estiver vivo.
Eu quero te torturar,
te ver gritar e chorar todos seus pecados!
Eu quero te matar gradativamente,
eu quero cortar sua lingua,
arrancar seus olhos...
te sufocar
Eu quero te matar pra poder sobreviver,
pra poder resistir de não poder te ter.
Eu quero te matar e rir,
enquanto vejo seu sangue sujando minhas mãos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Percepção.

Olhos fechados,
rasga-se um papel,
arrepio.
Uma gota cai,
ouve uma explosão,
medo.
Arrisca um sorriso,
olha-se no espelho,
fuga.
Permanece parado,
leva a mão ao coração,
descompassado.
Sente o sol,
a alma se aquece,
descongela.
Caminha para a direita,
canta uma canção,
cala-se
Volta para a esquerda,
prende a respiração,
adeus?
Olhos fechados,
ouve uma explosão,
fuga.
Permanece parado,
a alma se aquece,
cala-se.
Caminha para a direita,
prende a respiração,
adeus?

domingo, 13 de setembro de 2009

'Cuz we...

somos como o vento, só paramos de encontro a uma parede
e você me envolve, me joga nos seus delírios.
mas você realmente me ama?
eu sinto sua pele arrepiada enquanto puxa meus cabelos,
e me faz ser sua.
apenas dois jovens amantes saindo da rotina.
mas você realmente me ama?
e nós perdemos a noção do tempo
enquanto nos divertimos em cada canto da casa.
você está no controle...
mas você realmente me ama?
nos damos tão bem enquanto fazemos nossos joguinhos
eu estou por cima,
eu estou no controle...
mas você realmente me ama?
nosso suor é só um,
e sua mão escorre por mim com a água do chuveiro
eu te deixo sem ar
mas eu realmente te amo?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Açnadum.

encara com olhos anormalmente grandes, um tigre.
repara como o que estava ali há dois minutos atrás não é o mesmo.
as coisas mudam, cara Sophi.
as coisas mudam.
mudam pra que? mudam por que?
é algo natural, como um rio.
as águas do rio sempre voltam em forma de chuva.
mas voltam diferentes.
é o mundo que não para de girar.
são cabeças que não param de rolar.
são orgias obstruindo o sentido.
são palavras comprimindo o ouvido.
mas tudo muda, tudo passa.
por mais que você acredite.
olhe, olhe direito, foque.
querida Sophi, as coisas derretem.
elas subvertem.
elas morrem.
as vezes morrer é melhor que mudar.
as vezes mudar é morrer.
chega! não, nada para.
tudo pulsa.
tudo passa.
tudo?
tudo muda!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Apenas o começo.

Ele estava ali, deitado na banheira, coberto com aquela espuma branca como neve, e foi ai que pensei como um tom de vermelho vivo ficaria perfeito com ela.
Seus olhos estavam fechados e ele cantarolava uma canção tola. Eu apenas o observava, reparando em sua pele lisa e seus cabelos castanhos jogados para trás.
'Como eu te amo', era a unica coisa que pensava, foi então que sorri, ao mesmo tempo que ele abriu seus olhos e disse 'Eu já te disse que te amarei até a morte. querida?'
Eu levantei, fui até a banheira e beijei aqueles lábios macios. 'Mas e se o tempo fizesse isso se perder?' Eu pensava enquanto caminhava para a minha cadeira e voltava a fita-lo.

As vezes julgam alguns atos como egoístas, mas o amor é algo egoísta e eu precisava daquele amor pra mim, só pra mim.
Quando me lembro de como a espuma ficou vermelha e a tesoura cravada em sua garganta brilhava à luz do sangue, tenho certeza que aquela foi a maior prova de amor que tive.
O sorriso dele era fraco quando seus olhos se fecharam pela ultima vez, uma pena, eu amava seu sorriso.
Eu não me arrependo, a falta que eu poderia sentir dele é suprida com as lembranças que tivemos e a certeza de que ele realmente me amara até o fim!
Você pode dizer que sou louca, que merecia morrer por isso, mas ele, se pudesse voltar a vida, te diria que eu apenas fiz isso por ama-lo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Encontro.

Estava frio, um frio solitário que corta a pele quando o vento passa. Mas era dia, então em pequenos espaços o tímido Sol nos brindava, era fraternal.
Não que isso me chamasse a atenção na época, só depois de um tempo, analisando a situação com mais carinho pude notar esses elementos que me rodeavam.
Eu estava sentada em meu jardim, suas inumeras cores contrastavam com o cinza do céu. Minha cadeira, localizada no centro dele, tinha como par uma bela mesa de madeira talhada.
Nessa mesa estavam presentes uma xícara de chá preto e alguns biscoitos, que mais serviam aos pássaros do que a mim. Foi em um dos goles que tudo aconteceu.
As vezes nos achamos preparados pra certos tipos de situações, outras vezes não. Mas ninguem está preparado para isso, mesmo pessoas como eu que encaram isso perfeitamente bem.
Não fazia muito tempo que me mudara para o campo com a tentativa de me curar da tuberculose, há quem diga que a maldita será o mal do século.
Uma jovem pode ser boêmia tambem, pode perecer graças aos abusos inconsequentes. Sou prova disso, mas não me arrependo.
Voltando ao momento em questão...
Senti um cherio forte, de dama-da-noite (que ironia), eu amava aquele cheiro, me fazia sorrir. Em minha boca, repentinamente, veio o gosto daqueles suspiros que minha mãe fazia em minha infância.
Senti a sensação deles derretendo em minha lingua. Na minha pele veio o arrepio, mas não do frio que me envolvia, era um arrepio da água do mar batendo em minha pele quente do Sol.
Foi só então que meus olhos repararam numa forma que se movia em minha direção. Uns dizem que ela é horrivel, mas não acredite. Ela é bela!
Com um longo vestido branco, seus cabelos negros e groços balançavam com o vento, seus olhos pretos brilhavam e seus lábios pareciam envoltos em mel.
Sua pele era aveludada e branca como a neve que eu nunca tinha visto.
Ela sorriu para mim, sem me controlar sorri pra ela enquanto sentia minha pulsação diminuir, o ar sumir.
Ela era doce, era encantadora, sedutora!
Ao me oferecer sua mão, só então, eu percebi quem era aquela figura. Não quebrei o silêncio, eu a respeitava. Apenas entreguei-me em seus braços e fui.
Sabe, alguns temem a morte, outros a desejam, mas a morte não é única, ela é um momento em que você realmente se conhece, mas é o momento em que se deixa.
Então desfrute cada dia da sua vida e quando sua hora chegar saiba desfruta-la tambem.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Lender.

Se eu te ver no fim dos dias
Vou levar algo de ti comigo.
Tão sublime como teu olhar.
Tão perfeito como teus lábios.
Será eterno e inabalável.
Será meu!
Porque eu me encontrei em suas mãos.

São noites em claro,
Cigarros compulsivos
E lençois ao chão.

Você me usou, me jogou.
Mas eu não ligo, esse é meu orgulho.
Certo, podemos começar!

Quantos dias aguenta sem me desejar de novo?
Vamos, olhe tudo a sua volta e perceba
Que você me tinha, mas eu te manipulava.

Então eu vou correr ao teu encontro,
E com o golpe perfeito levarei sua alma..
levarei sua alma comigo.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Requiem.

É um arrepio constante, o sangue fluindo mais rapidamente e tudo se desfoca.
Um ponto fixo para disfarçar as faces coradas.
A brisa chega e desloca alguns fios de cabelo de ambos e eles riem sem se encarar.
A mão dele segue em direção ao rosto dela e com um toque suave faz os olhos se encontrarem.
Sorriso.
Mãos sem jeito se entrelaçam.
As respirações se aproximam.
Os rostos se encostam, sentindo o fervor do momento.
Voltando a se encarar, esperam por segundos intermináveis. Dez talvez, pareciam mil.
E faz-se mágica.
Não são sinos, não são estrelas.
É apenas uma conexão que se oculta na vibração dos corpos.
São dois lábios, um só!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Imnotme.

Eu me sinto mutilado
Por olhares que não dizem nada
E eu não sei por quê
A certeza deles me faz querer correr

Mas tudo está passando tão rápido
E as coisas são mais complicadas
Quando se quer gritar
O que ninguém acredita

O que você faria para sentir o gosto da realidade?
Mas dizem que isso são mentiras
E eu estou indo contra os princípios
De homens que não existem mais.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Maçanetas Quebradiças

relatos perdidos,
folhas viradas,
Pausa.
olhe para a direita,
mas siga em frente,
recolha um caco de vidro,
Pausa.
é o fim Janete?
não, não,
isso nunca acaba,
invisibilidade,
sem ser vulnerável,
revira e engole,
Pausa.
pensamento interrompido?
respiração permanente,
pulsação, vida,
obra de arte descartável,
você, eu e
Pausa.
sentimento inconstante,
livros abertos,
capas estilhaçadas,
tristeza reprimida,
Pausa.
amigos disfarçado,
são cactos,
pelos na cama,
sentinela,
Pausa
repete tudo de novo pra ver se faz a digestão,
confere as contas pra ver se é real,
percebe que tem algo errado
mas Pausa.

sábado, 18 de julho de 2009

Anomalia

Que mundo é esse que me corroe por dentro?
só meu, impenetrável e inabalável.
te faz rir, te faz mal, não te faz.
me transborda, ah
ele me sufoca, me mata, me mantém alerta.
esse mundo que há dentro de mim
atrai e afasta com a mesma contração
me tira de mim, joga pra fora, cuspe.
respiração!
apodrece a carne, a alma junto
cheira cianeto, reflete vermelho.
varre palavras e pensamentos.
some, apaga, deleta, sobrepõe.
funde, separa e acaba.
esse mundo só meu não se decifra
me enlouquece, te apetece.
me enforca, distorce.
sem cena, sem diálogo, sem paixão.
sentimento carnal, sofrimento sem delicadeza.
ah, esse meu mundo que gira entre os lençóis
de quedas à satisfação.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Hey, I'm stupid but you're too.

Não há mais nenhuma palavra
Ou você prefere evitar as coisas?
Faz tempo que o silêncio me atormenta
E eu quero jogar tudo na tua cara
Quero te fazer perceber
Que não foi só eu que errei.
Preferencialmente se esquiva
Segue teu rumo sem se importar
Vomita sorrisos falsos
Mas no fundo quer me me ver voltar
Ah, eu quero cuspir tudo que me atormenta
Nas tuas mãos
Quero te fazer se sentir mal
Quero ouvir você confessar
A falta que eu te fasso.


E assim seguem-se dias e noites esperando você chamar.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

desculpem pela ultima postagem...eu estava saindo de casa já...eu to indo viajar hoje hehe ><
bom, os meninos estão tentando tocar violão aqui e..acho que merece um post.
pra eles e pra anna esse post então!

é como a falta de ar que nos toma quando mergulhamos
é uma sombria caminhada ao desconhecido
são arrepios e suspiros quebrados
mentiras envergonhadas
beijos descarados
é tão familiar
e tão submisso
arrancando pedaços
entrelaçando corpos
deixando o vazio
...paixão!


foi o Bruno que pediu pra falar osbre paixão...eu tentei fazer hasuidhiuasdhiusahd
beijos e até mais ;_;

To indo viajar, só volto domingo~

eu vou jogar tudo na minha mala
sua pele vai proteger minhas coisas do mofo
eu vou sair correndo, vou fugir
queimarei as lampadas das ruas com seu sangue
eu não deixarei vestigios
seu coração estará em meu bolso
comandando minha adrenalina
eu escaparei de todos como seu fantasma
eu vou mudar, vou viajar
não há nada que vocês possam fazer
eu vou rir enquanto vocês choram
eu vou estar com ele
enquanto velam sua alma
eu serei eterna em meus passos
e vocês apodrecerão no inferno daqui
eu vou cavalgar pela eternidade
enquanto espelhos mostram as rugas
eu estou com a cabeça dele em meu peito!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Continuação não contida...

Ouço as notas do piano, elas deslizam pelo pátio, e no seu ritmo eu vou fechando meus olhos.
Hoje é 1° de julho e não há nada que eu queira fazer para sair dessa escuridão, mas eu acredito que o sol está lá fora.
Eu tenho um choro preso, sua presença me deixa mais agoniada e eu olho para o espelho buscando naqueles olhos uma saída, mas a face é dura e triste, não me deixando escolhas.
As notas continuam passeando e essa monotonia me faz sangrar um grito calado de lágrimas que insistem em me inundar.
Hoje é 1° de julho e eu procuro presentes para uma mente desesperada, uma prece que faça valer a pena, uma nota a mais para a canção terminar.
Enquanto eu corro, as nuvens se adensam no céu e entre as folhas eu procuro minha identidade. As sombras estão por toda volta tentando me arrastar e minha luz não brilha mais como antes.
São gritos contidos, lâminas refletindo o medo e lágrimas evaporadas.
Hoje é 1° de julho e a coragem não está sóbria, mas ainda há motivos para mudar o rumo antes que o precipício chegue.



Dia 30 de junho é exibido em:
http://drinking-cyanide.blogspot.com/

terça-feira, 30 de junho de 2009

you don't have what do...so why the infinite?

Minhas mãos estão sujas
E seu corpo está podre
Mas você insiste em exibir
Esse encomodo olhar

Eu vou arranca-lo
Vou fazer sua alma arder
Vou fazer você chorar
Até toda água do seu corpo se transformar em sangue

No que acreditar?
Se quando paramos para atualizar
Vemos os comandantes nos roubando
Nos matando aos poucos
Mas você insiste em exibir
Essa pose de perfeição

Eu vou persuadi-lo
Vou te mostrar a realidade
Vou fazer você temer
Até todo seu devaneio se transforamar em realidade

É isso que merecemos por dissimular
Fingir não ver e sair andando em direção
A um por do sol pintado de farsas
Enquanto pessoas morrem por falta
Do que desperdiçamos.
É isso que nos espera por dissimular
Abrir os olhos, enxergar
Isso está nos alcançando
E não vamos suportar
Quando a colisão acontecer

Eu vou acorda-lo
Vou te dizer o que fazer
Vou fazer você resistir
Até toda sua pele se transformar em fé.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Broken Friends (?)

Iguais, quando tentamos ser diferentes
Pensamentos corrompidos
Almas pervertidas
Essa é só mais uma estação
E desde quando você está aqui?
Mas isso não é algo que possamos sentar
E resolver educadamente
Isso é algo pelo qual eu morreria!

In...

Você me passava confiança
Eu apostei todas minhas fixas em você
Mas fui soterrado por uma avalanche de mentiras
As máscaras caem, elas caem aos poucos
E agora vejo sua imundice
Vejo minha burrice
Isso é algo pelo qual eu morreria!

my...

Não ensinam na escola como lidar
Quando te deixam sem chão
Nem quando jogam seus ideais
Contra a parede
Eu vejo eles escorrendo e não posso gritar
E desde quando você sabe mentir?
Isso é algo pelo qual eu morreria!

mind...

E até o fim eu vou lembrar
De todos os seus sorrisos
E até o fim eu vou me odiar
Por não perceber que eram falsos
E até o fim eu vou desejar
Ver você rastejar, ver você cair
Isso é algo pelo qual eu morreria

you are die!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

just like a secret love, just like us.

Estamos olhando para as estrelas,
com as luzes ainda acesas.
Balançando as mãos!
Apenas um garoto e uma garota
e nada mais.
Com o coração acelerado,
quase sem ar,
eu vou me aproximar
e te contar o que passa em minha mente
quando vejo seus olhos
e eles vão se fechar
para a colisão dos lábios.

apenas para descontrair...

quando pára e olha pra frente do espelho
está tudo escuro, mergulhado em um pesadelo
só os olhos brilham
então cante uma canção de ninar
e faça as coisas boas reaparecerem pra você
é isso que nós fazemos quando não vemos saída
apenas sinta seu coração e deixe ele vagar
apenas respire!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

I just wanna play with my heart, lovely. ~

Nós corremos entre as flores
mas por onde estamos indo realmente?
Essas ilusões são passageiras
e uma hora nosso vinho vai acabar...
Então me leve além dessa luz,
me leve para sua casa,
seu quarto talvez.

Isso é real agora, é uma sequencia de pecados perfeitos
você vê do mesmo jeito que eu?
Nós estamos fazendo acontecer,
só com nossos tolos pensamentos.

Mas suposições são para iniciantes
e estamos jogando faz tempo.
Quando cansarmos, apenas cairemos.
Sempre há alguma sarjeta em esquinas cinzas.

Nós corremos pela cidade e seus semaforos
mas para onde ir se eles nos encontrarem?
A verdade nos alcançará
e uma hora essa droga toda vai acabar...
Então me leve além dessa luz,
me leve para sua casa,
seu quarto talvez.

Para os que deixam saudades...

Isso é sobre reencontros,
e não tristeza.
Porque aprendemos que saudade
é ausência.
Mas não falamos sobre a presença do amor.
Quando eu era criança e olhava para o céu,
mesmo que cinzento e com nuvens,
eu me via eterna em pequenos momentos.
Como quando corriamos pela escola,
ou nas nossas viagens. Eram nossos
e ninguem levaria isso de nós.
Mas, em alguma fração de segundo, algo muda e
somos retirados de tudo que nos, supostamente,
pertence.
Sim, a vida segue e, com o tempo, perdemos
aquela esperança juvenil de rever o que já julgamos
eterno.
Ao mesmo tempo ganhamos possibilidades
de caminhar com nossas próprias pernas e
fazer caminhos se cruzarem.
E em uma tarde, cinzenta como aquelas
que eu olhava para o céu, eu vou poder
contar como passei os ultimos anos
e ouvir de você seus planos para o futuro.
Porque o tempo passou, mas
ainda lembramos de como era ser criança
juntos.

(especialmente para Lucas)

sábado, 18 de abril de 2009

Are we just riding for a fall?

Esqueça todas minhas frustradas tentativas de lutar,
eu sou sua e nada muda isso.
Mas estamos indo cautelosamente, passo por passo,
nessa corda bamba, somos a principal atração da noite.
E eles riem, gargalhadas desbotadas e agudas, que nos atingem.
Fazemos a felicidade dos infelizes, mas o que somos se não isso?
Em todas as suas tentativas de ir embora, eu te jogava na cama
e te fazia ficar...por mais alguns dias.
Horas bonus em uma bagagem, de lábios, desejos e brigas,
sufocando-nos, como a mais pura droga injetada na veia.
Mas que droga magnifica é você?
Que me faz sua, mas não te faz meu.
Estamos caindo cautelosamente, passo por passo,
dessa corda bamba, somos a principal atração da noite.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

when you love me, you kill me.

Eu sinto, como notas que se desfazem, meu sangue fluindo.
Ele cai por minha boca, enquanto afogo-me no ar,
que tento preservar dentro de mim,
para prender o resto de alma que insiste em deixar-me.
Sufocada na podridão de seus beijos, embriagada do vinho mais barato,
jogada ao chão, como quem se põe na cama coberta da mais pura ceda.
Frio e incomodo, tão quanto seus braços, porém, menos atraentes.
Palpitante, a música de seus berros invade meu ouvido, enlouquecendo-me,
ao mesmo tempo que me faz desejar-te, pondo-se, com seus longos cabelos, sobre mim.
O sangue ainda flui, deixando-me mais branca e vazia.
O ar se torna pouco, mas ainda sinto o frio de sua adaga em minha cabeça.
A alma se desprende cada vez mais, levando de mim nossas tristes lembranças.
Levando você de mim.
O coração parou com uma ultima tentativa de respirar.
O chão, antes branco, se mostra vermelho, do mais intenso e puro.
Você ri, com lágrimas que não escorrem, transbordam.

***

Vamos brincar de dizer a verdade?

Passou-se tanto tempo, que a noção não tenho mais,
talvez tenha perdido-a, quando, na minha lista de prioridade,você foi o primeiro.
Mas, voltando ao tempo, pensei que, como dizem, ele viria junto com vento e varreria
as lembranças, as magoas, os sentimentos guardados, o amor.
Ele veio, mas tudo ficou, você ficou, ficou na minha mente porque da minha vida,
como no climax de uma ópera, com a morte escorrendo e o pesado som dos instrumentos,
que se fazem um só, você se foi. Uma tragédia!
Quase cômica, mas uma tragédia. Cômica pelo estado que fiquei, trágica pelo mesmo motivo.
Deixei-me tão sua, que esqueci de ser minha, esqueci como era se amar, se por em primeiro lugar.
Neguei até o fim, no fundo, querendo que percebessem que aquilo era um grito abafado tentando dizer o quanto ainda te amava. Mas você se mostra sempre irredutível e eu tão patética.
Tantas palavras foram ditas, tantas lágrimas escorridas, e o que eu lembro com dor e certa ternura, é uma vergonha pra ti. É algo sem importância, de alguem que te traz nojo.
Não me dirige a palavra nem olha nos meus olhos, por quê? Medo?
Quero, as vezes, acreditar que é por você sentir algo por mim, tolice, eu sei.
Mas ficarei aqui, com meus aleatórios pensamentos, enquanto segues sua vida.
E se um dia resolvermos falar verdades um para o outro, enquanto você dirá o quão
insignificante sou pra ti, direi com todo amor e carinho, que foste meu primeiro amor e o mais verdadeiro que já senti.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

can you see my way?

essa é minha escuridão
e eu estou te dando espaço para invadi-la
perdoe-me se tudo for confuso ou difícil
mas estou acostumada a fechar meus olhos para o amor
eu apenas falo sobre paixão quando digo adeus
mas você me deixa quente e estou gostando disso
essa é minha escuridão
e eu estou te dando pistas de como clarea-la
as vezes penso que estou aqui para fugir
de pessoas como você, o medo se torna um bom abrigo.
quando fechei as janelas e aceitei que a luz me faria ver
coisas que supostamente não quero
eu esqueci como era voltar a sanidade
pois eu só falo sobre paixão quando digo adeus
mas você me faz perder o sentido e estou gostando disso
eu só falo sobre você quando digo adeus
mas você me toma em seus braços e eu estou gostando disso.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Goodbye, Dear Juliet. ~

Cegue-me com suas sujas promessas
Uma justiça sangrenta e escura como nossa decadência
O céu está caindo e nós estamos esperando isso de braços abertos
Podemos aguardar a verdade de olhos corrompidos?
Ó minha cara, isso está tão errado e não conseguimos nos libertar
Anjos de asas quebradas vem em nossa direção
Para podermos ver a luz entre a camada cinzenta
Que não nos deixa ver o sol.

“Ela levantou-se devagar e fixou seus olhos naquela ultima pétala. Abaixou-se e pegou-a com delicadeza, guardando no meio de seu livro. Seus cabelos sentiam a brisa envenenada que entrava pela janela e balançavam no compasso daquela mortificante canção. Ela ergueu seu olhar até a lua e pediu, exaustamente, a sua partida. Não aguentava a pressão de uma vida suja. Caminhou até a janela, abrindo seus braços, respirou fundo até seus pulmões doerem. Só avistava pobres almas caminhando como ratos a procura de migalhas. Olhou para baixo e, como se criasse asas, jogou-se”

terça-feira, 31 de março de 2009

The Hot and Heavy

Ò me perdoe, mas eu roubei suas meias.
O frio está chegando e nós estamos tão desprotegidos.
Frágeis nos nossos defeitos e patéticos com nossas fúteis qualidades.
Então meu bem, vamos sair essa noite e desejar um bom natal aos vizinhos.
Que isso fique entre nós, mas eles prestam menos que seus pais.
E nós não estamos bem, o champanhe já acabou, e só nos resta nosso próprio veneno.
As luzes natalinas iluminam nosso caminho enquanto cantamos aquelas tolas canções.
As luzes ofuscam nossos olhos e estamos longe de chegar em algum lugar.
Ó meu bem a neve cai na sua face tão branca e deixa seus lábios rosados.
Eu os beijaria infinitamente nessa doce canção.
Ó meu bem estamos caindo nas nossas mentiras,
Mas eu a beijaria infinitamente nessa doce canção.
Você sempre me diz pra deixar as luzes acesas, hoje viveu um blecaute .
Nós apenas estamos nos distraindo com a infelicidade alheia.
Normalmente o caos agrada a nós que somos sós.
Os cacos de vidro nos muros refletem as luzes dos carros,
E nós sabemos que essa ilusão é que nos faz seguir em frente.
Ó meu bem a neve cai na sua face tão branca e deixa seus lábios rosados.
Eu os beijaria infinitamente nessa doce canção.
Ó meu bem estamos caindo nas nossas mentiras.
Mas eu a beijaria infinitamente nessa doce canção.

when I think about us I just see the deep dark ~

Não, eu não correria pra você.
Pois se torna frio o mundo ao olhar em teus olhos,
a escuridão de seus braços não se anuncia
mas ela vem e envolve.
O veneno que escorre por sua pele
ainda está em minha boca, amarga de mentiras,
suas mentiras que depositava em mim com seus beijos.
Doces beijos que me adormeciam e despertavam
de pesadelos que cheiravam seu perfume.
Quando me tornei sua vítima?
Quando paraste em minha mente?
É este pulsar de aflição que me faz correr agora.
E eu corro sem suas mãos pra me segurar,
pois seu veneno ainda está aqui comigo,
seu perfume ainda é meu martírio
e sua mentira persiste em ser minha verdade.
Não, eu não voltaria a fechar meus olhos por você.