segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Percepção.

Olhos fechados,
rasga-se um papel,
arrepio.
Uma gota cai,
ouve uma explosão,
medo.
Arrisca um sorriso,
olha-se no espelho,
fuga.
Permanece parado,
leva a mão ao coração,
descompassado.
Sente o sol,
a alma se aquece,
descongela.
Caminha para a direita,
canta uma canção,
cala-se
Volta para a esquerda,
prende a respiração,
adeus?
Olhos fechados,
ouve uma explosão,
fuga.
Permanece parado,
a alma se aquece,
cala-se.
Caminha para a direita,
prende a respiração,
adeus?

domingo, 13 de setembro de 2009

'Cuz we...

somos como o vento, só paramos de encontro a uma parede
e você me envolve, me joga nos seus delírios.
mas você realmente me ama?
eu sinto sua pele arrepiada enquanto puxa meus cabelos,
e me faz ser sua.
apenas dois jovens amantes saindo da rotina.
mas você realmente me ama?
e nós perdemos a noção do tempo
enquanto nos divertimos em cada canto da casa.
você está no controle...
mas você realmente me ama?
nos damos tão bem enquanto fazemos nossos joguinhos
eu estou por cima,
eu estou no controle...
mas você realmente me ama?
nosso suor é só um,
e sua mão escorre por mim com a água do chuveiro
eu te deixo sem ar
mas eu realmente te amo?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Açnadum.

encara com olhos anormalmente grandes, um tigre.
repara como o que estava ali há dois minutos atrás não é o mesmo.
as coisas mudam, cara Sophi.
as coisas mudam.
mudam pra que? mudam por que?
é algo natural, como um rio.
as águas do rio sempre voltam em forma de chuva.
mas voltam diferentes.
é o mundo que não para de girar.
são cabeças que não param de rolar.
são orgias obstruindo o sentido.
são palavras comprimindo o ouvido.
mas tudo muda, tudo passa.
por mais que você acredite.
olhe, olhe direito, foque.
querida Sophi, as coisas derretem.
elas subvertem.
elas morrem.
as vezes morrer é melhor que mudar.
as vezes mudar é morrer.
chega! não, nada para.
tudo pulsa.
tudo passa.
tudo?
tudo muda!