Ouço as notas do piano, elas deslizam pelo pátio, e no seu ritmo eu vou fechando meus olhos.
Hoje é 1° de julho e não há nada que eu queira fazer para sair dessa escuridão, mas eu acredito que o sol está lá fora.
Eu tenho um choro preso, sua presença me deixa mais agoniada e eu olho para o espelho buscando naqueles olhos uma saída, mas a face é dura e triste, não me deixando escolhas.
As notas continuam passeando e essa monotonia me faz sangrar um grito calado de lágrimas que insistem em me inundar.
Hoje é 1° de julho e eu procuro presentes para uma mente desesperada, uma prece que faça valer a pena, uma nota a mais para a canção terminar.
Enquanto eu corro, as nuvens se adensam no céu e entre as folhas eu procuro minha identidade. As sombras estão por toda volta tentando me arrastar e minha luz não brilha mais como antes.
São gritos contidos, lâminas refletindo o medo e lágrimas evaporadas.
Hoje é 1° de julho e a coragem não está sóbria, mas ainda há motivos para mudar o rumo antes que o precipício chegue.
Dia 30 de junho é exibido em:
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Gih, eu toh até sem palavras pra esse post...
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